fevereiro 03, 2011

SARNEY DE NOVO?

A velha raposa mais uma vez no poder

É a manutenção do coronelismo à brasileira!!


Pesquisando na internet sobre essa lenda da política brasileira encontrei um artigo ótimo do Jaime Leitão que fala do retorno desse contestável político. (http://jornalcidade.uol.com.br)

A notícia mais nova (ou será mais velha?) que se podia esperar: José Sarney foi reeleito presidente do Senado. Dois anos após estar no epicentro do escândalo relacionado aos “atos secretos” daquela Casa, sendo acusado de fazer nomeações de um punhado de diretores com altos salários, inclusive de parentes, na maior surdina, Sarney garante a sua permanência como presidente até janeiro de 2013.

É como se o tempo recuasse não dois anos, mas décadas. Sarney representa o que há de mais retrógrado e antiquado na política nacional. Não pela idade, mas pela maneira de agir na sombra, na base do compadrio, clientelismo e outras práticas que transformam a democracia numa palavra oca, comprometendo toda a sua força e significado.

Se José Sarney representasse o avanço, o seu Estado, o Maranhão, que ele governou por mais de uma vez e que a sua filha Roseana governa pela terceira ou quarta vez, não seria um lugar tão miserável, com carências comparáveis às que existem em países paupérrimos da África.

O mais incrível é que houve um grande acordo para reelegê-lo porque ele é interessante para fazer as amarrações que convêm à situação e a alguns setores da oposição. Sarney obteve 70 votos contra 8 atribuídos ao senador Randolfe Rodrigues, do PSOL, dois votos em branco e um nulo.

No discurso feito logo após a apuração dos votos que lhe garantiram o seu quarto mandato como presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP) disse que essa vitória representa um “sacrifício pessoal” . De fato, é um sacrifício sobre-humano aceitar permanecer no poder por mais esse tempo.

Em relação à enorme cratera ética que se abriu no Senado em 2009, e que o atingiu em cheio, Sarney não disse uma só palavra, apenas reiterou que a “paixão pela vida pública” e “doação maior que a sua própria vida” à política vão lhe afastar do seu “bem-estar social” nesses próximos dois anos, que ele garante serem os últimos como presidente do Senado.

Nas entrelinhas, percebe-se o grande apego de Sarney ao poder e às artimanhas que ele possibilita. O assustador é que a oposição, mais murcha do que nunca, teve um peso grande na manutenção do coronelismo à brasileira, que resiste a mudanças mais do que necessárias como a reforma política e a tributária. Tudo continuará como antes, com Sarney sendo o eterno comandante. Alguém duvida? Eu não.



Esse ano mais uma vez promete !!!


OziOE

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